terça-feira, 13 de outubro de 2009

13 de Outubro dia de Luta para a Terapia Ocupacional

13 de Outubro dia de Luta para a Terapia Ocupacional ou deveria ser um dia para entregarmos panfletos em praça pública ou na avenida mais movimentada da cidade, para alfabetizados e analfabetos, explicando o que é capacidade funcional, A.V.D. ou desempenho ocupacional.

Ou melhor, poderíamos fazer testes de memória ou de depressão no meio da praça, para qualquer desempregado, órfão, mendigos, promotores, médicos e empresários que por ali passarem.

Poderíamos colocar outdoors, outbus, propaganda em horário nobre da nossa digna TV, ou ainda mandar e-mail para autores de novelas para criarem personagens terapeutas ocupacionais brancas, ricas e com um consultório de integração sensorial na zona sul do Rio de Janeiro.

A Terapia Ocupacional, não precisa de falsa visibilidade. Como entrevistas no Jornal Nacional ou no Programa do Jô que alienam nossas vidas todos os dias. A população brasileira precisa de Terapia Ocupacional e de sua contribuição no SUS, é essa luta que devemos hoje fazer. Assembléias, paralisações, greves, manifestações, ocupações, em praças públicas e avenidas, atos públicos aos gestores de saúde de todo o país que devemos olhar nesse 13 de Outubro. É cobrando Terapia Ocupacional em todos os níveis de atenção, a todos os brasileiros, em todas as cidades, que vamos conseguir algo, no mínimo digno para a profissão e qualquer que seja o brasileiro.

O que associações, sindicatos, conselhos afinal pensam que serve esse dia 13 de Outubro? E o 2 de Março? E 24 de Novembro? E o 55 de Plutão? Vamos unir-nos, estudantes, profissionais, usuários, para construção e efetiva implementação da saúde no Brasil. Vamos fazer e construir Práxis.

Não sou vidente mais tenho certeza de que sozinhos, terapeutas ocupacionais, nas praças e avenidas, não vamos conseguir chegar em canto nenhum. Por isso João Cabral de Melo Neto, um poeta que afirma que um poema é feito de suor e trabalho, tem a mais sóbria razão quando diz que “ um galo sozinho não tece uma manhã”.



Carlos Nobre, estudante de Terapia ocupacional da UFPE

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